Os R$ 4,8 milhões que o Flamengo precisa pagar a Ronaldinho Gaúcho para
acertar as contas com o jogador passam despercebidos nas imensas contas a
pagar acumuladas pelo clube. No balanço patrimonial divulgado na última
segunda-feira, o rubro-negro acumula mais de R$ 434 milhões em dívidas,
o que representa um aumento de aproximadamente 13,7% em relação ao
último ano.
No balanço apresentado em 2011, o clube devia pouco mais de R$ 382
milhões. Incomodado com o aumento alarmante dos números, Leonardo
Ribeiro, presidente do Conselho Fiscal do clube, não tem dúvidas na hora
de apontar os principais culpados pelo crescimento da dívida.
"Está cada vez mais claro que a diretoria administrativa precisa olhar
com mais carinho para o marketing do clube. É mais um ano que passa, e
mais um período que não conseguimos aumentar as receitas. Temos produtos
excelentes dentro do Flamengo e ninguém potencializa isso. Não
transformam em lucro. Tem coisa errada nesse trabalho de captação",
afirmou o dirigente, aumentando a lista de culpados pelo crescente
passivo rubro-negro.
"Além disso, não estamos conseguindo ter um retorno imediato com a
venda de atletas formados nas categorias de base do clube. Precisamos
rever muitas coisas. É claro que a dívida não some de um dia para o
outro, mas temos que trabalhar para diminuí-las", analisou o presidente
do Conselho Fiscal.
Entre números que parecem não ter fim, o clube também apresentou dados
para comemorar. Com uma auditoria independente fiscalizando as contas do
documento, o Flamengo apresentou um valor próximo a R$ 1 bilhão na
reavaliação de bens patrimoniais, como a sede da Gávea, o prédio no
Morro da Viúva, que será reformado em parceria com Eike Batista, e o
Centro de Treinamento Ninho do Urubu.
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