
Valdomiro Gonçalves é um trabalhador rural de 77 anos que possui um
tesouro que não tem mais nenhum valor. Durante anos, ele e a ex-mulher,
que já faleceu, escondiam dinheiro dentro dos colchões, armários e
gavetas da casa onde moravam, em uma fazenda em Conceição do Castelo, na região Sudoeste Serrana do Espirito Santo.
A moeda mudou em 1994, mas por falta de informação eles não ficaram
sabendo e perderam todo o dinheiro que tinham. Até hoje, Valdomiro
encontra as notas de cruzeiro e cruzado em algum canto da casa. O
economista Laudeir Frauches explica que guardar dinheiro assim é um
grande erro e todo indivíduo tem a obrigação de fazer algum tipo de
aplicação.
De acordo com o economista, especialista em finanças pessoais, essa
mania de guardar dinheiro em casa começou no governo de Fernando Collor
de Mello, na década de 90. O plano de recuperação da economia confiscava
a poupança dos brasileiros. Por esse motivo, o casal ficou receoso em
voltar a investir na caderneta de poupança e resolveram juntar tudo em
casa.
Eu não quis mais colocar o dinheiro no banco e guardei em casa mesmo. A
minha ex-mulher colocava dinheiro em baixo das coisas, das gavetas, nos
armários e dentro dos colchões. Certa vez, os vizinhos que sabiam que
eu guardava o dinheiro disseram que o que eu tinha estava perdido por
que a moeda estava desvalorizada e não valia mais nada. E eu não
consegui passar o dinheiro para frente”, contou Valdomiro.

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