
O nascimento de duas meninas unidas pelo corpo não foi sinônimo de desespero para Eucivânia Cunha. Natural de Alto do Rodrigues,
município da Região Oeste e distante 339 quilômetros de Natal,
Eucivânia fez todo o acompanhamento pré-natal na Maternidade Escola
Januário Cicco, na capital potiguar, em decorrência dos riscos
apresentados pela gestação.
Durante o pré-natal, Eucivânia comentou que os médicos lhe diziam que
existia a possibilidade das meninas se separarem ao longo do crescimento
embrionário. Entretanto, isto não ocorreu. "A gente pensa que isso
nunca vai acontecer na vida da gente, mas aconteceu e eu aceitei. Não
considero que minha vida mudou por causa disso", reiterou a mãe das
gêmeas.
Mãe de uma menina de quatro anos de idade, Eucivânia relatou que o
momento mais difícil na lida com as gêmeas siamesas é durante o banho.
"Sempre preciso ter ajuda de alguém. Tem que ter cuidado com a coluna
delas, segurar direitinho. Por isso sempre alguém tem que segurar as
meninas e a outra passar o sabonete e água", explicou.
Ela disse, ainda, que não sofreu preconceito e as meninas são muito
amadas por toda a família. "As pessoas olhavam e achavam que não era
normal. Mas elas estão bem. Eu deixei Deus cuidar da minha vida e
aceitei minhas filhas do jeito que elas são", disse Eucivânia
emocionada.
Sobre o que deseja para o futuro de Ana Clara e Any Vitória, Eucivânia
se emociona e, sorridente, resume que deseja que elas sejam felizes.
"Desejo muita saúde e que elas sejam muito felizes. A felicidade delas é
a minha felicidade", descreveu Eucivânia enquanto amamentava as
meninas.
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