O juiz Ricardo Procópio Bandeira de Melo marcou para as 9h do próximo
dia 2 de julho, na 3ª Vara Criminal de Natal, a audiência de instrução
da desempregada Josenilde Lopes de Mendonça, de 36 anos, acusada de ter matado a pancadas o próprio filho, um bebê de 8 meses. O corpo de Ramon Ramalho dos Reis Segundo foi
encontrado no dia 9 de fevereiro dentro do apartamento onde a mãe
residia com a criança, no bairro de Nova Descoberta, na zona Sul da
capital potiguar. Laudos do Instituto Técnico-Científico de Polícia
(Itep) apontaram que houve traumatismo craniano.
Durante a audiência, segundo a assessoria de comunicação do Tribunal de
Justiça do Rio Grande do Norte, o magistrado decide se a mulher vai ou
não à júri popular.
Josenilde foi presa 10 dias após o crime e confessou ter matado o bebê durante um surto. Em entrevista ao G1, ela disse que estava bêbada e drogada quando passou a bater na criança. Estou arrependida e espero o perdão de Deus, disse ela.
O magistrado aceitou denúncia do Ministério Público e decretou a prisão
preventiva de Josenilde no início de março, tornando-a formalmente
acusada de homicídio qualificado. Ao ser presa, ela admitiu à polícia
que já foi internada 31 vezes para tratamento de dependência química, tendo passado por casas de
recuperação em Fortaleza (CE), Recife (PE), João Pessoa (PB) e São Paulo
(SP), mas sempre procurou evitar a continuidade dos tratamentos.
Segundo a decisão do juiz, Josenilde responderá por homicídio
qualificado por uso de meio cruel. “A acusada foi denunciada pela
suposta prática do fato que levou a morte o próprio filho, criança de
apenas oito meses, que foi encontrada sem vida no apartamento da mãe,
com traumatismo crânio-encefálico. Concreto, portanto, o perigo que, em
liberdade, ela representará à paz social, devendo, pois, permanecer
segregada, a bem da ordem pública”, relatou o magistrado.
G1


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