Mais uma nota foi
emitida pelo Ministério Público do Estado do Acre, por meio da sua
Promotora de Justiça, acerca do caso TelexFREE.
A nota apresenta algumas mensagens implícitas. A
primeira dela é o receio da paralisação do sistema judiciário no Acre,
caso os Divulgadores decidam entrar com ações na justiça, não só na
tentativa de reaverem o dinheiro da compra dos pacotes VoIP, mas,
principalmente, contra os responsáveis pela ação que paralisou a empresa
em todo Brasil.
Com um sistema lento e deficiente, devido à limitada
quantidade de recursos humanos para analisar e julgar os processos em
geral, o judiciário acreano pode literalmente entrar em colapso caso
haja, de fato, uma ação em massa de processos por parte dos
Divulgadores.
A outra mensagem refere-se uma visível tentativa de
induzir os Divulgadores a entrarem com processos contra a empresa, nova
estratégia que tem sido massificada por segmentos da mídia e idealizada
pelos verdadeiros responsáveis pela ação contra a empresa.
Mas essa estratégia parece não ter surtido muito
efeito. O universo de processos contra a empresa é ínfimo, considerando o
total de divulgadores em todo Brasil, mais uma prova cabal de que os
Divulgadores confiam na empresa e estão dispostos a enfrentarem, unidos,
esse problema que já se arrasta por mais de um mês.
No Facebook, Divulgadores bombardearam o perfil do
MP/AC, afirmando que não querem o dinheiro de volta, apenas retomar seus
trabalhos com a empresa.
Não queremos dinheiro algum de volta, ou qualquer
ressarcimento vindo por parte do MP. Confiamos plenamente na empresa a
qual trabalhamos (TelexFREE). Queremos sim, nosso trabalho de volta,
nossa dignidade, respeito pelo livre empreendedorismo no Brasil. Sabemos
que nossa diretoria já ofereceu mais de 660 milhões de reais como
garantia para desbloquear nossa empresa. Não estamos preocupados com
dinheiro de volta mas, sim, com o nosso direito que está sendo violado
por esta casa”, desabafou Gil Custódio, Divulgador de Mato Grosso.
Nota de Esclarecimento aos investidores
Vem o Ministério Público do Estado do
Acre, por sua Promotora de Justiça que abaixo assina, esclarecer a todos
aqueles(as) que investiram na empresa Telexfree que, em face de já ter
sido ajuizada ação civil pública, no Estado do Acre, com o especial
propósito de obter o ressarcimento de todos os valores investidos na
referida empresa, que, de acordo com as regras processuais, os(as)
Senhores(as) não precisam ajuizar ações individuais com a mesma
finalidade, pois poderão apenas, no local onde sofreram o prejuízo,
portanto, onde contrataram com a empresa e deixaram de perceber os
lucros prometidos, liquidar e executar a sentença a ser proferida ao
final da fase de conhecimento da indicada ação coletiva proposta pelo
Ministério Público do Estado do Acre, evitando, assim, que tenham de dar
início ao processo individual.
Para tanto, é de fundamental importância que guardem todos os comprovantes dos pagamentos feitos à empresa, o contrato
firmado com a Telexfree e comprovantes de investimentos feitos pela via
eletrônica, sem os quais não conseguirão provar os valores investidos.
Por derradeiro, é importante esclarecer que, de mesmo
modo que não precisam dar início a um processo individual visando ao
ressarcimento dos investimentos feitos, o que representa, inclusive,
economia de recursos financeiros, os(as) Senhores(as) não precisam
requerer a intervenção nas demandas coletivas ajuizadas pelo Ministério
Público, porque, tal como já vem se manifestando o Ministério Público do
Estado do Acre, em virtude das regras processuais aplicáveis ao caso,
essa intervenção apenas tumultuará a resolução do conflito e retardará o
fim esperado dos processos, sendo que, a não intervenção dos (as)
Senhores(as) não resulta, é importante dizer, em qualquer prejuízo aos
interesses de cada um daqueles que investiram na empresa.
Rio Branco – Acre, 29 de julho de 2013.
Alessandra Garcia Marques
Promotora de Justiça titular da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor
da Comarca de Rio Branco – Acre

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