A situação do Rio Grande do Norte nunca esteve tão crítica e, se
não chover nos próximos meses, o governo terá de adotar medidas
drásticas para garantir o abastecimento no interior, inclusive
decretando racionamento de água no Vale do Açu, a região que concentra o
maior potencial hídrico do Estado.
Essa possibilidade foi levantada
ontem pela coordenadora de gestão de recursos hídricos, da Secretaria
estadual de Recursos Hídricos, Joana D’Arc de Medeiros, ao participar do
Jornal da Cidade na 94 FM, juntamente com o meteorologista Gilmar
Bristot e com o presidente da Federação da Agricultura, José Vieira.
Joana lembrou que os principais reservatórios do RN estão com menos da
metade da capacidade, entre eles, a Barragem Armando Ribeiro Armando,
projetada para acumular 2,4 bilhões de metros cúbicos, mas que nível
atual está abaixo dos 34%. “Para enfrentar o período seco no RN, sem que
tenhamos cidades em colapso no abastecimento, é necessário que a
população saiba que estamos no semiárido e que é preciso usar a água de
forma eficiente. Ainda temos processos produtivos perdulários, as nossas
empresas de distribuição de água são perdulárias, com muito
desperdício.”
Na entrevista, o meteorologista Gilmar Bristot fez uma análise da situação atual, com base no prognóstico da quadra chuvosa que foi divulgado no final do mês passado, em Fortaleza, durante um fórum internacional de meteorologista.
Na entrevista, o meteorologista Gilmar Bristot fez uma análise da situação atual, com base no prognóstico da quadra chuvosa que foi divulgado no final do mês passado, em Fortaleza, durante um fórum internacional de meteorologista.
“As primeiras informações não são
boas. Está se repetindo a situação parecida com 2013. O Pacífico está
com águas neutras, mas o Atlântico não está de acordo com o que
esperávamos. O Atlântico Sul vem mantendo águas relativamente abaixo do
normal e o Norte, mesmo estando normal, não favorece as condições de
chuvas plenas para o Nordeste.”


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