Ao lado do túmulo oito da quadra quatro, no Cemitério do Bom Pastor II,
jaz 01.1530.10/12. O número, impessoal, é a única identificação do ser
humano que um dia teve nome, personalidade e foi considerado alguém
pelo Estado. O indigente, se um dia foi registrado, permanece
oficialmente vivo para a nação, apesar de descansar anônimo em uma vala
coberta pelo mato desde meados de 2013.
Ao menos outras 168 pessoas, além desse indivíduo, foram inumadas pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) de 2009 até o primeiro trimestre deste ano, na região metropolitana de Natal. Os dados foram colhidos pela reportagem em consulta aos livros de registro dos cemitérios do Bom Pastor I e II, onde o município destinou espaços para o Itep colocar esser corpos. De acordo com o órgão, não existe controle de casos nas gestões anteriores.
Ao menos outras 168 pessoas, além desse indivíduo, foram inumadas pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) de 2009 até o primeiro trimestre deste ano, na região metropolitana de Natal. Os dados foram colhidos pela reportagem em consulta aos livros de registro dos cemitérios do Bom Pastor I e II, onde o município destinou espaços para o Itep colocar esser corpos. De acordo com o órgão, não existe controle de casos nas gestões anteriores.
São corpos que chegaram ao instituto sem qualquer documento, nem foram
reclamados por parentes ou amigos durante longo período. Os dígitos
usados para identificação são os mesmos do laudo pericial que apontou a
causa da morte daquele homem ou mulher, bem como suas características
físicas. Se um dia forem procurados por familiares, os restos mortais
poderão ser reconhecidos através de fotos ou digitais. Com autorização
judicial, ainda é possível fazer teste de DNA, a partir de amostras
colhidas antes da inumação.
Tribuna do Norte


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