Raul Canal, autor do livro “Erro médico e judicialização da medicina”, atribui problema à qualidade da formação profissional
O Rio Grande do Norte ocupa a 8ª posição no ranking nacional de erro
médico com 2,23% de casos perante o Superior Tribunal de Justiça e o 1°
lugar no Nordeste. As mulheres figuraram como autoras das ações em 62,8%
das demandas.
Em 82,35% das demandas os acusados são do sexo masculino,
contra 17,65% envolvendo médicas. Esses números constam no livro “Erro
Médico e Judicialização da Medicina”, mas são contestados pelo Conselho
Regional de Medicina (Cremern).
De acordo com o advogado especialista em
causas de erro médicos e autor do livro, Raul Canal, no RN, a
ginecologia e obstetrícia, acompanhando a tendência nacional, figuram em
primeira classificação, com 30% dos processos.
Em segundo lugar vem a
oftalmologia junto a traumato-ortopedia presente em 15% das ações.
Segundo o advogado, as principais queixas dos pacientes
norte-riograndenses referem-se a danos ao feto devido ao retardamento do
parto normal. Outra questão apontada é o deslocamento de retina durante
cirurgias de catarata.
Raul Canal aponta como causa para os erros principalmente a má formação
dos profissionais. “As faculdades de medicina, de maneira geral, estão
negligenciando o ensino dos médicos. Assim como o trabalho demasiado
pode ser um dos fatores que causam erros. Outro fator é o nível de
exigência da população, que aumenta o número de denúncias”, informa o
advogado.
Tribuna do Norte
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