Não há gramado ruim, pressão da torcida, nem 3,6 mil metros de altitude
que ajudem a superar uma desvantagem de cinco gols. O Bolívar tentou. A
torcida boliviana apoiou e lotou o Hernando Siles, em La Paz. Mas a
festa, que se encaminhou na semana passada, fica em Boedo, onde os
torcedores do San Lorenzo se concentram em Buenos Aires – e no Vaticano,
onde o mais ilustre deles, o Papa Francisco, está.
O Ciclón foi
paciente. E nem precisava, após o 5 a 0 no jogo de ida das semifinais. A
derrota por 1 a 0 desta quarta-feira, em La Paz, foi mais do que
suficiente para levar o Cuervo à sua primeira final de Libertadores da
história.
A tarefa era muito difícil. Nem mesmo o hino “sí, se puede” (sim, se
pode), coro comum em vários estádios sul-americanos em momentos de
dificuldade, foi escutado no Hernando Siles. O Bolívar dominou a
partida. Teve a posse de bola, acertou a trave no início do primeiro
tempo, mas fez somente um dos cinco tentos que buscava.
Yecerotte, aos
46 minutos da segunda etapa, marcou o único gol do jogo. O San Lorenzo
apenas esperou o fim da partida. Fechou-se e se preocupou em não levar o
gol. E cumpriu bem a missão para tentar colocar o marco que falta na
sua história centenária.
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