O ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), considerou as declarações do vice-governador Robinson Faria, candidato do PSD ao governo do Rio Grande do Norte, como “mesquinhas”,
destacando que elas alimentam o maniqueísmo, a estigma e o preconceito.
Na convenção do PSD, no domingo, Robinson afirmou que “o povo não
suporta mais Alves e Maia no poder do RN”. Aliado do principal
adversário de Robinson nessas eleições, o presidente da Câmara dos
Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), Garibaldi disse que o povo
espera um debate de ideias e propostas, “o que não se encontrou nas suas
declarações”.
Garibaldi questionou a postura de Robinson: “Para representar a
mudança, é preciso que o candidato possa renovar o debate. Como é que um
candidato se diz mudancista e vem propor um debate, como li nas
declarações do vice-governador Robinson, que alimentam o maniqueísmo, o
estigma e o preconceito?”.
Segundo o ministro, em suas declarações,
Robinson se propôs a amaldiçoar as famílias Alves e Maia, pelo
desempenho que elas tiveram na política do Rio Grande do Norte. No
entanto, de acordo com o peemedebista, os Alves têm exemplos a dar no
campo da política potiguar.
Para o ministro, ao amaldiçoar os Alves, o candidato do PSD
precisaria consultar o povo para saber se é isso que a população pensa,
por exemplo, do governo de Aluízio Alves, na década de 60. “Um governo
tido como inovador, que trouxe a energia de Paulo Afonso para o Estado, o
que aumenta a estranheza a respeito das declarações do candidato”,
disse Garibaldi, que foi governador por dois mandatos (1995 a 2002).
“Com relação a mim, o meu governo pode ter tido até falhas, erros, mas
ele precisava saber que o meu governo foi absolutamente o maior
pioneiro, diria assim, sem falsa modéstia, no que toca a uma política de
recursos hídricos no Estado. E isso não está condizente com o que disse
ele na convenção e que foi reproduzido na entrevista ao jornal”, contou
Garibaldi.
Jornal de Hoje


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