A chuva fina que insiste em cair do céu de Natal não atrapalha o
desempregado Cosme Régis, 49 anos. Com a metade do corpo dentro de uma
lixeira, ele resgata do fundo do recipiente as uvas que foram
desprezadas por outra pessoa. Sem examinar as frutas, coloca-as dentro
de um saco vermelho que, posteriormente, é arremessado em cima de um
caixote. No quadrado de madeira, as uvas repousam sobre legumes,
verduras e outras frutas também oriundas do lixo.
A cena descrita acima foi registrada pela reportagem na manhã da última quinta-feira, dia 24, mas ocorre todos os dias na Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Ceasa-RN). Cosme Régis é apenas um dos catadores que vão ao local atrás dos alimentos que são desperdiçados corriqueiramente. A Ceasa-RN é palco de um fenômeno que acontece em todo o mundo.
A cena descrita acima foi registrada pela reportagem na manhã da última quinta-feira, dia 24, mas ocorre todos os dias na Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Ceasa-RN). Cosme Régis é apenas um dos catadores que vão ao local atrás dos alimentos que são desperdiçados corriqueiramente. A Ceasa-RN é palco de um fenômeno que acontece em todo o mundo.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO), anualmente, é desperdiçado 1,3 bilhão de tonelada de
alimentos em todo planeta. O montante corresponde a 30% de tudo o que é
produzido no mundo e causam perdas econômicas, como também tem impacto
significativo nos recursos naturais dos quais a humanidade depende para
se alimentar. Ainda de acordo com a pesquisa da Embrapa, aproximadamente
10% do alimento jogado fora se perde ainda no campo. O maior
desperdício, 50%, ocorre no transporte e manuseio.


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