
Já há um membro do alto clero preso por lavagem de dinheiro e um
arcebispo em prisão domiciliar por abuso de menores. O papa Francisco
não foi a Milão, Londres ou Madri, mas à Coreia, à Albânia e à ilha de
Lampedusa, lugares aonde o vento nunca soprou a favor nem do catolicismo
e nem da própria vida. A agenda que Jorge Mario Bergoglio marcou
quando, segundo suas próprias palavras, chegou ao Vaticano “do fim do
mundo” está sendo cumprida.
Um plano de transparência para o dinheiro do IOR (Instituto para as
Obras de Religião), tolerância zero com os pedófilos e viagens
constantes para a periferia do mundo. A etapa seguinte, que começa neste
domingo com o Sínodo sobre a Família, é talvez a mais difícil, porque
consiste em abrir as portas da Igreja aos que foram se afastando pelos
azares da vida – divorciados que voltaram a se casar – ou aos que sempre
as encontraram fechadas – união estável, novas famílias que surgem de
relações quebradas, filhos adotados por casais do mesmo sexo.
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