Polícia prende ex-namorado suspeito de matar professor na Grande Natal

 

Professor Airton Gomes Teixeira, de 39 anos, levou
12 tiros em Macaíba (Foto: Arquivo pessoal)

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu na tarde deste sábado (27) um homem suspeito de ter matado o professor Airton Gomes Teixeira, de 39 anos, em novembro do ano passado. Allan Maycon de Medeiros Brown é ex-namorado do professor e, segundo a polícia, matou Airton a tiros após o fim do relacionamento. Allan foi detido sob força de um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça de Macaíba, município da Grande Natal.

A vítima dava aulas de religião e filosofia na Escola Municipal Mário Lira, no bairro Dix-Sept Rosado, na Zona Oeste de Natal, e integrava um grupo religioso no bairro do Alecrim, na Zona Leste da capital potiguar.

O delegado Normando Feitosa, que prendeu Allan Maycon, disse que ele nega a autoria do crime. "Ele continua negando, mas já temos provas robustas de que foi o Allan o autor do assassinato. O crime foi motivado porque, após o fim do relacionamento, o professor estava exigindo que Allan devolvesse o aparelho de som, roupas, dinheiro e outros objetos. Diante das provas obtidas, pedimos a prisão do Allan, que foi aceita pela Justiça", falou Normando ao G1.

Allan Maycon, que estava sendo monitorado, foi preso no momento em que entrava em uma loja no bairro do Alecrim, Zona Oeste de Natal.

Airton Gomes foi executado com 12 tiros, oito deles disparados na região das nádegas. "Esse fato levanta a suspeita do crime ter contexto sexual. Também suspeitamos de latrocínio, já que a vítima teve os pertences roubados, e de vingança. Como professor, ele se relacionava com muitos alunos, ajudava alguns a sair das drogas. Era uma pessoa boa pelo que ouvimos", disse em novembro o delegado Frank Albuquerque.

Além dos tiros nas nádegas, a vítima foi atingida três vezes no abdômen e uma no peito. "Os moradores da região encontraram um terço nas mãos dele. O punho da mão direita estava quebrado pois ele deve ter reagido. Foram ouvidos os tiros e um carro dando partida", acrescentou Frank Albuquerque.

G1/RN