A Justiça está ampliando de cinco para 20 dias o prazo dado à
Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos (SP), para a entrega das
cápsulas de fosfoetanolamina sintética. Desde o início, a instituição de
ensino informou que não tinha condições de produzir o composto em larga
escala e advogados veem a mudança como um reflexo da grande quantidade
de pedidos apresentados nos últimos meses e da interrupção temporária da
entrega com o primeiro parecer do Tribunal de Justiça sobre a
substância, que será debatida em audiência pública no Senado nesta
quinta-feira (29).
Distribuída pela USP de São Carlos por causa de decisões judiciais, a
fosfoetanolamina, alardeada como cura para diversos tipos de câncer,
não passou por testes em humanos necessários para se saber se é mesmo
eficaz, e por isso não é considerada um remédio, como destaca a própria
universidade. Ela não tem registro na Anvisa e seus efeitos nos
pacientes são desconhecidos.
Tampouco se sabe qual seria a dosagem
adequada para tratamento. Relatos de cura com o uso dessa substância não
são cientificamente considerados prova de eficácia, já que não tiveram
acompanhamento adequado de pesquisadores.


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