O jurista Hélio Bicudo, um dos autores do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff junto com Miguel Reale Júnior, disse em entrevista ao G1 na noite desta quarta-feira (2) em sua casa, em São Paulo, que o deputado federal Eduardo Cunha "atuou como presidente da Câmara" ao aceitar o requerimento.
Bicudo disse também que não acredita que esse pedido agrave a crise.
"Acho que é maneira de tirar combustível da fogueira, porque o governo
compromete a vida financeira e política do povo", afirmou Bicudo. Para
ele, a presidente Dilma Rousseff "se compara a uma santa sem pecados".
Dilma negou "atos ilícitos" em sua gestão e afirmou que recebeu com "indignação" a decisão do peemedebista Eduardo Cunha.
O pedido de Bicudo foi entregue a Cunha em 21 de outubro. Na ocasião,
deputados da oposição apresentaram ao presidente da Câmara uma nova
versão do requerimento dos dois juristas para incluir as chamadas
“pedaladas fiscais” do governo em 2015, como é chamada a prática de
atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da
previsão orçamentária. A manobra fiscal foi reprovada pelo Tribunal de
Contas da União (TCU).
Na representação, os autores do pedido de afastamento também alegaram
que a chefe do Executivo descumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal ao
ter editado decretos liberando crédito extraordinário, em 2015, sem o
aval do Congresso Nacional.
G1


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