O
ano de 2015 ficará na história também nas telecomunicações. Como se não
bastasse o presidente de uma das maiores operadoras do Brasil – Amos
Genish, da Vivo – ter chamado o WhatsApp de pirataria e o então ministro
das Comunicações Ricardo Berzoini defender a regulamentação do Netflix,
dezembro foi marcado pelo bloqueio ao WhatsApp. A pedido da Justiça de
São Paulo, e sem muito pestanejar – exceto pela Oi –, as operadoras
bloquearam o acesso de seus usuários ao mais popular aplicativo de troca
de mensagens por 12 horas. A determinação tinha como objetivo punir o
app por não obedecer à Justiça brasileira.
Foram ações conservadoras, segundo os especialistas, mas que
suscitaram um debate que deve fazer de 2016 um ano mais progressista.
Eduardo Levy, presidente do SindiTelebrasil, entidade que representa as
operadoras, disse que ninguém é contra os serviços Over-The-Top, as
chamadas OTTs, mas que no caso do WhatsApp não há como negar que o
aplicativo presta os mesmos serviços que as empresas de telecomunicações
e para os mesmos usuários. “Não podemos generalizar e dizer que todos
os OTTs concorrem com as operadoras, porém, no caso do WhatsApp, sabemos
que tem cara de elefante, pata de elefante, rabo de elefante e ainda
assim alguns insistem em dizer que não é um elefante? Não é por aí”,
exemplifica.


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