Em reunião na manhã desta sexta-feira (29/01), em Caicó, técnicos da 
Agência Nacional de Águas – ANA e da Secretaria Estadual de Recursos 
Hídricos – Semarh apresentaram o relatório de inspeção técnica feito na 
Barragem Passagem das Traíras, que está localizada entre as cidades de 
Caicó e Jardim do Seridó, no interior do RN. Estiveram presentes na 
reunião o secretário da Semarh, Mairton França; o diretor do Instituto 
de Gestão das Águas do RN – Igarn, Josivan Cardoso; o presidente do CBH 
PPA, Procópio Lucena; o presidente da Adese, José Vanderli; além de 
representantes de várias instituições interessadas no assunto.
O relatório, produzido em 2015, apontou uma situação de atenção, no 
nível 2 de avaliação (em escala que varia de 1 a 4) para a segurança 
física da barragem. Os técnicos trabalham com quatro níveis: normal, 
atenção, alerta e emergência. O documento foi apresentado por Josimar 
Alves, coordenador da área de fiscalização de segurança de barragem da 
ANA e por Valdecir da Rocha, engenheiro civil, especialista em 
construção de barragem da Semarh.
“Esse diagnóstico significa que a barragem tem anomalia e que não 
compromete a segurança a curto prazo, mas não quer dizer que ela não 
precise ser cuidada. Alguma intervenção precisa ser feita e é isso que o
 estado de atenção representa. A barragem tem problema e não preocupa a 
curto prazo em relação a segurança, porém é preciso atuar para que não 
evolua para um problema maior”, disse Josimar Alves, técnico da ANA.
Questionado sobre a possibilidade de agravamento dos problemas da 
barragem, Josimar confirmou que “as inspeções são feitas em prazos 
regulares. No caso da Passagem das Traíras é feita uma inspeção a cada 
seis meses, o que atende a legislação. Então foi feita uma inspeção em 
setembro do ano passado e agora em 2016 deverão ser feitas mais duas. A 
cada inspeção é feito um relatório que apresenta a situação daquele 
momento. Dependendo da intervenção que for feita, a situação pode 
melhorar ou piorar”.
Especificamente sobre as fissuras na parede, o documento mostra que 
não é um problema preocupante. “Essas fissuras são muito comuns em 
barragens desse porte. Elas acontecem nas juntas de contração, que são 
colocadas em barragens de concreto. Barragens desse porte são 
construídas em blocos de concreto e cada bloco tem uma junta feita com 
um material parecido com borracha. Essas fissuras são apresentadas 
exatamente nessas juntas. Porém é possível que sejam vedadas”, finalizou
 o técnico.


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