G1/RN – Ainda segundo o advogado, o policial
Edwilson era muito ligado ao cabo Edinaldo da Costa Rangel, que foi
assassinado na cidade no dia 19 de abril. “Essa morte causou preocupação
em todos os policiais. Edwilson achou que seria o próximo a ser
executado”, ressaltou.
No dia seguinte, quatro homens foram mortos a tiros em um confronto
armado com a PM em um sítio na região do bairro Recreio, onde foram
apreendidos uma pistola, dois revólveres e drogas. “Ao que tudo indica, o
dono da boca de fumo era Alan Muricélio. Ele acreditava que o policial
Edwilson teria indicado o local onde a droga era comercializada”,
afirmou.
O juiz Luiz Cândido de Andrade Villaça rejeitou o pedido de
relaxamento da prisão com base no vídeo que mostra o assassinato. “Ora,
sendo nítida a existência de indícios no sentido de que o acusado teria
premeditado o crime, transparece a sua periculosidade e possível
desapego com as normas de condutas da sociedade, sendo a custódia
cautelar medida adequada para evitar a propagação criminosa de suas
atividades”, escreveu em sua decisão.
“As imagens acostadas aos presentes autos são chocantes e demonstram,
ao menos em princípio, que a versão contada pelo acusado quando de sua
oitiva perante autoridade policial é falsa e que, talvez, tenha se
perpetrado verdadeiro ato de execução da vítima que, além de estar
aparentemente desarmada, não esboçou qualquer reação, tentando se evadir
do local a fim de, em vão, salvar sua vida. Evidentemente que isso
deverá ser apurado em sede de instrução processual, mas não existe como
desprezar o teor do vídeo captado e a frieza aparentemente demonstrada
pelo acusado que, após visualizar a vítima no interior do bar onde
ocorrera o fato, ficou pacientemente aguardando-a ingerindo bebida
alcoólica”, relatou o juiz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário