O Ministério Público do Estado do Pará, por meio da promotora de Justiça de Conceição do Araguaia
Cremilda Aquino da Costa, ofereceu denúncia contra Jobson Leandro
Pereira de Oliveira, Lucas de Lima e Gilvan de Miranda Alves. Os três
são acusados de vários crimes ao levarem duas adolescentes de 13 e 14
anos para encontros em uma chácara localizada no município. As
informações foram divulgadas nesta sexta-feira (8). Por telefone, a
defesa de Jobson informou que apenas na segunda-feira (11) terá acesso
ao documento.
O ex-jogador de futebol Jobson está detido desde o último dia 23 de junho,
suspeito de estupro contra quatro adolescentes. Os abusos teriam
ocorrido na chácara do ex-jogador, em Conceição do Araguaia, sudeste do
Pará. Jobson nega as acusações. Ele está afastado dos campos por dopping
até o ano de 2018.
A denúncia do MPE cita duas acusações de estupro, contra jovens de 13 e
14 anos. Jobson é acusado dos crimes estupro de vulnerável, ameaça,
disponibilização de fotografia pornográfica de adolescente na internet e
oferecimento de bebida alcoólica a adolescente, enquanto que Lucas Lima
e Gilvan Alves devem responder pelo oferecimento de bebidas às
adolescentes que frequentaram o local.
Acusações
Conforme apurado nas investigações e depoimentos constantes do
inquérito policial, no dia 13 de junho Jobson Leandro manteve relação
sexual com uma adolescente de 13 anos. Nesse mesmo dia estavam na
Chácara da Resenha o também acusado Lucas e outras quatro adolescentes.
De acordo com o MP, nos autos consta que a adolescente de 13 anos fez
auto de reconhecimento por fotografia do acusado Jobson, ratificando que
o mesmo a levou para a chácara e lhe forneceu bebida alcoólica, tendo
mantido conjunção carnal. O auto de exame realizado na adolescente no
dia 15 de junho, prova a materialidade do crime de estupro de
vulnerável, além de reforçar os indícios concretos de que a adolescente
manteve conjunção carnal com o acusado Jobson, apesar de esta ter mudado depois o seu depoimento.
Para a promotora Cremilda Costa essa mudança
“é resultado de pressão psíquica ou intimidação exercida pela
repercussão da decretação da prisão preventiva do acusado,
materializada, especialmente, pela intervenção ilegal, tendenciosa e
obstrutiva do repórter Nildo Monteiro, o que ensejou, inclusive, a
protocolização de representação para apuração de infração administrativa
às normas de proteção à criança e adolescente”.


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