redirecionamento

Publicidade

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Em Natal, Ciro Gomes defende candidatura própria do PSB ao Governo do RN





Em Natal para palestrar sobre a situação do varejo nacional, o ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional, Ciro Gomes mostrou ser um político diferente. É Governo (Federal), mas não poupou a gestão federal de críticas na economia e na forma de fazer política. Cobrou mais espaço para o PSB e o afastamento do PMDB. 

Com relação a política potiguar, Gomes também defendeu candidatura própria do PSB ao Governo e afirmou que a correligionária Wilma de Faria, ex-governadora, é um “grande nome”, mas a decisão sobre quem será o candidato do partido, ele prefere não comentar.

Veja o que Ciro Gomes falou sobre política na segunda parte da entrevista feita pelo portalnoar.com:

O senhor confirma o movimento para tornar Eduardo Campos vice da presidente Dilma Rousseff?
Isso é um movimento de algumas pessoas, entre elas o meu irmão, governador do Ceará (Cid Gomes), advogam que nos que estamos dentro do governo, porque há uma incoerência básica se nós estamos dentro do Governo e amanhã, na véspera da eleição, vai sair dizendo que é candidato contra? E como Eduardo é um quadro de grande relevância para nos e é muito jovem, seria uma conciliação. Para o Brasil seria um ganho extraordinário. Para mim seria ótima. 

O que não dá é a Dilma sinalizar para o futuro com esse quadro que está aí. Não é impossível. Irmão, não é brinquedo não. Michel Temer, Renan Calheiros, Henrique Alves e Eduardo Cunha… Só escapa se o anjo da guarda de Dilma for… Eu troco o meu pelo dela e aceito que o dela trabalhe para mim só sábado de manhã. Não escapa Dilma de jeito nenhum.

Então qual seria a melhor saída? Eduardo Campos candidato ou vice de Dilma?
Nós vamos amadurecer isso com muita calma, muita delicadeza. Eu estou anunciando aqui o que o governador do Ceará, que tem uma ascendência política muito grande sobre mim, o que ele imagina. Embora eu, teoricamente, seja sempre a favor de candidatura própria e o partido não quis lançar candidatura própria quando Lula encerrou um ciclo e era uma aposta perigosa inclusive, porque ninguém sabia se num debate ela escorregava, porque nunca tinha sido candidata a nada. Graças a Deus deu tudo certo, mas ela ainda paga pela inexperiência. 

Essa reação à crise, por exemplo. Foi inacreditável a série de patuscada que o Palácio do Planalto produziu. Anunciar uma constituinte exclusiva, para depois se desvencilhar com menos de 24 horas e depois pedir um plebiscito que nem a base dela concorda… Enfim, um desastre. A questão da interiorização da medicina, é importante e o brasileiro precisa, mas do jeito que foi feito, sem conversar com ninguém, pôs em pé de guerra toda a corporação, que é uma corporação terrível sobre certos aspectos, mas nesses casos eles têm razão. Enfim, o conjunto de auxiliares da Dilma é de matar de vergonha.

Sendo o senhor favorável a candidatura própria, aqui no Estado o PSB deve ter candidato próprio?
Ah, eu sempre acho que sim. Mas o partido vai dizer que vai ser o candidato. Não posso chegar aqui do vizinho, Ceará, e dar palpite no Rio Grande, que a gente admira muito. O partido já governou aqui e tem todas as razões para voltar a governar.


Wilma de Fária foi elogiada pelo ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes A Wilma é uma figura extraordinária. Tem tanto talento, tanta qualificação, quanto serviços prestados e tanta juventude ainda. Ela é nossa companheira. Damos a ela um imenso valor.

Com relação à política nacional, como o senhor analisa a discussão em torno do novo pacto federativo, para dar mais dinheiro aos estados e municípios?

Tirando da onde? Esse é o problema. Eu sou a favor que Brasil celebre um projeto nacional de desenvolvimento. Eu ando dedicado em favor disso da minha participação desse debate há 20 anos. Então não adianta o Brasil ficar nesse debate segmentário. Você tem a sociedade jovem brasileira, classe média, enjoado que estamos do jeito de fazer política. Safadeza, corrupção… Isso tudo é um insulto à sociedade brasileira. 

Então as maiorias começaram a achar que podem fazer o que bem quiser e entender. E sabe onde está aterrissando tudo isso? Na minha querida amiga Marina Silva, o que é absolutamente inacreditável. Se você quer afundar um país, você imagina Marina presidente, porque ela representa um moralismo difuso. Quem acha que a Dilma é corrupta? Ela é seria, mas e daí? A Marina vai oferecer para a sociedade a falsa promessa de que se for para lá a corrupção acaba. É mentira isso. Não acaba. Se ela estiver oferecendo isso ou ela está enganada ou mentindo? Eu acho que ela está enganada, o que é pior. O céu não é perto. Ou a gente debate as coisas ou vamos continuar nos enganando.

O que o senhor acha do orçamento impositivo?
De emenda? Um desastre. É a institucionalização da picaretagem. Pura e simples, salvo alguma exceção que eu não conheço.

Portal no Ar


Nenhum comentário:

Postar um comentário